quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Bala Perdida

Chamo-te,
E chamar-te não é suficiente,
amo-te,
e eu sei que amar-te não basta,
beijo-te,
e a essência dos teus lábios…

a essência dos teus lábios
perde-se, morre, mata.

Onde estás?
Onde estás bala perdida?

Vagabundo pelas ruas,
solitário de mãos vazias.
Quem és tu?
Quem eras tu antes de ser
o que fere, o que rouba, o que mata?

Quem?

Guilherme,
dissera tua mãe.
Bala perdida,
assim te chamavam.

Bala perdida.
Rouba, foge, mata,
Um dia destes morre,
disseram-te.

Guilherme.
Foge, foge, foge.
Porque a dor dos dias tristes dói bem mais que o desejo de fuga.

2 comentários:

..:: Mia ::.. disse...

Com que então a menina não tinha assim muito jeito para a poesia, ahm?????? Anda-me a enganar, e'?? Este poema está brutal! o.O

:clap, clap, clap: ^.^*****

Anónimo disse...

Olá, Isa.

Venho dar-te os parabéns pela tua veia poética. De facto, tenho que reconhecer o teu mérito, uma vez que escreves muito bem, mesmo. Fiquei encantada e muito bem impressionada com estes dois poemas. Continua! Nunca desistas de escrever, porque não devemos desprezar os dons que nos foram concedidos, especialmente este, o da palavra, tão poderoso e necessário no mundo de hoje.

Fico à espera de mais obras de arte! ;-)

Até à próxima.

 
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