segunda-feira, 17 de março de 2008

Entre mim e o silêncio

Estás entre mim e o silêncio.

Escrevo-te todos os dias
E todos os dias finjo não saber quem és.

Há muito que te conheci,
Há muito que entraste no meu coração.

Espero-te junto dos parágrafos que nunca ousarei mostrar a ninguém,
Espero-te junto da voz que me chama ridícula,
Quando o coração traz o teu nome e os olhos ameaçam chorar.

Hoje, estou triste.

Chamo por ti.
Sei que vens,
Sei que virás sempre.

Sei que,
Mesmo quando a minha voz rouca do tempo
Ousar chamar-te uma vez mais,
O teu coração ouvir-me-á sem precisar de usar palavras.

Depois…
Apenas os nossos braços a entrelaçar-se no tempo.

Dir-te-ia Obrigada,
Se as palavras escrevessem o que tenho dentro do peito,
Dir-te-ia que hás-de viver em mim para sempre,
Que hei-de escrever o teu sorriso em todas as cartas de amor.

(Para ti, que ouves o meu coração sempre. Não te perguntes se és tu. São para ti estas palavras.)

Isa Mestre

2 comentários:

Anónimo disse...

Não me perguntem o que é poesia... Considero que a arte é de quem sente e cria e, por isso, deve ser alheia a concepções feitas pelos que a meditam... E eu vejo sentimento aqui... Mas não só... Também decifro talento, muito talento... Penso que deverás continuar a escrever isa, que trabalhando e trabalhando cada vez mais serás um dia compensada certamente... Beijo* Pedro Miguel Rodrigues

Anónimo disse...

E incrivel como consegues sempre suscitar em mim alguma emoçao por mais pequenina que seja! O meu estomago fica sempre com a chamada "sensaçao de borbuletas"..lol Adoro tudo o que escreves, adoro a sinceridade com que escreves! e adoro-te a ti*
Beijinho*
Joana*

 
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