quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ad eternum

Queria que este poema fosse para ti.
Mesmo que não o ouvisses,
Mesmo que não pudesses lê-lo,
Mesmo que a escuridão e o medo te fizessem esquecer quem sou.
Queria que este poema fosse para ti.
Mesmo que as palavras estivessem gastas e que os gestos se cansassem de sorrir,
Mesmo que fizesse frio e a solidão te gelasse os sentidos.
Queria que este poema fosse para ti.
Mesmo que eu já não estivesse.
Mesmo que te escrevesse de qualquer outro lugar. Mesmo que te sorrisse. Mesmo que te amasse sem nunca te poder amar.

Isa Mestre

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