Os dedos fogem-me do teclado,
Chamam-me ridícula,
Atrapalham-se trôpegos na tarefa de chegar a ti.
Os dedos outrora inertes,
Agora vivos, agora meus,
Nossos.
De toda a gente.
Os dedos que não escrevem,
Mas é como se escrevessem.
Os dedos que não amam,
Mas são sempre tão naturais como quem ama.
Os dedos gastos de mentiras e cinismos profundos,
Os dedos fartos de sorrisos de plástico e corações de esferovite,
Os dedos a dizer,
- Gosto de ti.
Estes mesmos dedos que quiseram ligar-te agora mesmo para dizer:
- Tenho saudades tuas.
(Os dedos ridículos da segunda frase).
Isa Mestre
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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