[para ti, que me acalmas a dor por pareceres tão perto quando te escrevo]
O rosto terno, as palavras breves,
A doçura daquele Natal.
O teu último.
E nós tão felizes,
tão ridículos,
nós sem saber,
[porque ninguém sabe],
[porque ainda ninguém pode saber],
que aquele seria o último,
o teu último.
E tu com o cabelo por pintar a pedir-me que não tirasse fotografias,
E eu sorria,
Num flash que era ao mesmo tempo toda a luz e todo o amor que sentia por ti.
Num flash que hoje me devolve o medo,
A solidão.
A certeza de que somos tão incertos, tão voláteis.
A certeza de que nunca saberei quando será o último.
O meu último.
Isa Mestre
sábado, 19 de dezembro de 2009
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