sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Tua

Quem és tu?
Tu que me dizes o que é certo e errado,
Que te deitas comigo há vinte anos
E continuas a ignorar o significado da palavra amor.

Tu que usas uma aliança no dedo,
Para te sentires meu,
Quando nem a ti te pertences.

Tu,
Que tocas o espelho
Na tentativa desesperada de agarrar uma imagem que não te pertence.

Tu,
Que acordas cedo e te deitas tarde,
Para fingir que a vida não passa por ti,
Para sorrir tristemente,
Julgando-te mais feliz que os infelizes.

Não há ases num baralho viciado.
Perdeste.
Perdemos.

Mas as lições não se ensinam, aprendem-se.

Isa Mestre
 
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