quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Absurdo

Não tenhas medo, não será o fim.
Fica quieto. Deixa-me apenas falar.
Cala a ansiedade e deixa-me dizer-te tudo o que tenho cá dentro.

Talvez seja pouco,
Talvez não sirva para alimentar o mundo,
Mas sou eu. Somos nós. É aquilo a que muitos julgam chamar amor.

Não sei se te amo,
Não sei se saberei sempre sorrir-te como te sorrio hoje,
Afinal, talvez o amor seja isto mesmo:
Não saber se se sabe.

Não sabendo se te sei,
Consigo saber que te quero e te pertenço,
Que te olho e acredito jamais poder olhar alguém desta forma.

Não sei se posso amar-te para sempre,
Não sei se o presente pode mascarar-se de futuro,
Sei que estou aqui,
Sei que não será o fim.

Isa Mestre

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu entendo por bom escritor, todo aquele que traduz sentimentos... E tu... a fazê-lo és perfeita... É bom vermos pessoas assim tão... Conscientes... E melhor...
conscientes da sua imensa consciência... Tu sentes o que eu já senti... O que milhões de pessoas ja sentiram ou sentem... Mas fazes mais... Negas-te a guardá-lo como a maioria das pessoas o faz... "Emprestando" a todos os que quiserem, esta coisa que é o sentir... Porque ao lerem, certamente que muitos leitores irão rever-se no texto... Tal como aconteceu comigo... Escreve até não poderes mais... ;) beijo* Pedro Rodrigues

 
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