terça-feira, 15 de maio de 2007

Farsa

Tu sorris.
Finges.
Encenas.
Porque mesmo que não gostes,
Hás-de sempre fingir que gostas,
E mesmo que não sintas,
A tua boca há-de sempre dizer que sentiu.

O teatro continua,
Ela fala e tu sorris.
Ela acredita que gostas dela,
Tu tens a certeza que a odeias,
Porém,
Tu sabes,
Que para se atingir determinados fins,
Não se pode olhar a meios.

E ela
É para ti,
Apenas isso…
Um meio.

Hás-de conseguir,
Porque ela há-de sorrir-te,
Há-de acreditar que tu ao menos és sincero.

E eu hei-de rir-me,
Porque ela mandará calar quem fala verdade,
Para ouvir atentamente a tua mentira.


Isa Mestre

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